sábado, 6 de junho de 2009

06.06.09


Presenciei algo muito triste hoje..eu vinha no metrô depois de dar aula,e saindo da estação vi um cachorro deitado no chão,parecia que ele não respirava,e uma mulher olhou pra ele e disse "Ele tá morto de fome!".Eu segurava um saquinho de pão de queijo e ainda pensei em dar um pro cachorro,mas cachorros não gostam de queijo e,no estado que aquele cachorro estava,ele não iria aguentar nem levantar a cabeça pra comer...mas depois fiquei me culpando,pensando que eu deveria sim ter dado um pãozinho pro pobre cachorro...Mas o que me indignou foi que eu contei nos dedos de uma mão (contando comigo) quantas pessoas pararam ao redor do cachorro e tentaram,mesmo que em vão,ajudá-lo.Fiquei pensando que se fosse um ser humano que estivesse lá,jogado,morrendo,as pessoas reagiriam de outra forma,mas depois mudei de idéia;infelizmente,animais,principalmente os abandonados,ainda são tratados com descaso pelas pessoas assim como os mendingos.Inconscientemente,acho que a maioria das pessoas considera mendingos e animais abandonados como lixos.Elas acham que eles também não sofrem,têm sentimentos,sentem dor,frio,fome e tristeza.Se um mendingo ou um cachorro morrer no meio da rua,fazer o quê,as pessoas passam por eles como se não estivesse acontecendo nada,simplismente chamam alguma "autoridade" pra recolher o corpo...Sei que não devia ser assim e tento fazer alguma coisa,por mínima que seja,pra mudar alguma coisa..mas a maioria das pessoas não.Elas simplismente fecham os olhos...


Essa foto mostra como o sentimento dos animais é igual,ou até superior,ao do homem.O dono desse cachorro morreu e,ao invéz de ir embora,dormir,o cachorro ficou ao lado dele o tempo todo...


au revoir...

2 comentários:

A Itinerante - Neiva disse...

Lidia,

A vida urbana moderna exige, para a sobrevivência com alguma dignidade de sentimentos, que ignoremos a dor alheia.

É impossível viver aqui se pararmos para sentir empatia com cada um que vermos sofrendo. Nós entraríamos em uma depressão profunda. Porque os que sofrem são em um número absurdamente grande e nós... somos apenas nós.

Eu mal consigo dar conta de minha própria vida e digo isto sinceramente. Mal dou conta mesmo. É com muita dificuldade e malabarismos que sobrevivo. Nem vou usar o termo viver, porque não penso que se aplica.

Antes, como espírita, sentia-me culpada por não fazer ou ajudar os outros e ao mesmo tempo sabia que não tinha como.

Um dia pensei que se todos se ocupassem apenas de cuidar bem de si, sendo o melhor que pudessem para si, não prejudicando seus próximos, o mundo já seria um lugar melhor.

Depois, quando pudessem, as pessoas que já conseguiam cuidar bem de si, passariam a ajudar os seus mais próximos (filhos, pais, esposos). E, assim, progressivamente iria se aumentando o circulo de influência.

Penso que é uma boa coisa isto. E é o que faço: tentar cuidar de meus dois filhos e de mim ao mesmo tempo. Acho que já está de muitíssimo bom tamanho.

É isto. Desculpe se te pareço insensível. :D

Beijos

A Itinerante - Neiva disse...

Lídia,

Queria te pedir uma opinião, caso possa. Daqui há alguns posts Adriel (que toca violoncelo) mostrará suas habilidades para Maise.

Gostaria de mencionar e postar junto uma música perfeita e maravilhosa. Romântica e nostálgica, mas não muito doce e nem triste demais.

Pode me dar alguma dica?

Beijos