sábado, 19 de março de 2016

 Às vezes você pode me achar sem palavras, pensar que não quero falar porque me acho superior... Mas eu simplesmente não quero te falar que riram de mim porque não sei fazer algo ou porque fiz errado; não quero te falar que tentei de todos os jeitos não fracassar mas não adiantou; não quero te falar que por mais que eu tente, não saio do lugar. Às vezes eu não quero te falar dos meus sonhos gigantescos e de como eles foram aos poucos diminuindo até virarem pó. Não quero te falar que, por mais que você pense que eu sou uma heroína, não passo de uma simples 'lavadeira'. Por vezes eu não quero que você saiba que perco horas dos meus dias e noites refletindo se realmente o que faço vale a pena, se caso eu parta abruptamente, farei alguma falta...

quarta-feira, 2 de março de 2016

Desafio literário Livrada 2016

A minha amiga Anna Karina, do blog Sinto, logo existo me convidou a fazer o Desafio literário Livrada 2016, então aí vai:

1- Um prêmio Nobel - O jogo das contas de vidro de Herman Hesse (eu li que esse livro ganhou Nobel, então...)
2- Um livro russo - O jogador ou Uma criatura dócil de Dostoiévski ( livro russo não é problema pra mim ^^ )
3- Um cânone da literatura ocidental - Dom Quixote de Miguel de Cervantes
4- Uma novela - A hora da estrela de Clarice Lispector
5- Um livro que você não sabe por que tem - Requiem para o navegador solitário de Luis Cardoso
6- Um autor do seu estado - As meninas ou Meus contos esquecidos de Lygia Fagundes Telles
7- Um livro publicado por uma editora independente - O vento fede de luz de Abreu Paxe
8- Uma ficção histórica - Viagem ao centro da Terra, Vinte mil léguas submarinas ou Cinco semanas em um balão de Júlio Verne ( aquele que der tempo de ler até o fim do ano rsrs)
9- Um livro maluco - O perseguidor de Julio Cortázar (me disseram que é maluco como o Jazz =D )
10- Um livro que todo mundo já leu menos você - O mundo de Sofia de Jostein Gaarder
11- Um autor elogiado por um escritor de quem você gosta - O macaco ornamental de Luis Henrique Pellanda - elogiado por Moacyr Scliar ( S2 )
12- Um livro bobo - Lar doce lar de Christine Tagg ( só porque adoro livros pop up) ou Casa das estrelas de Javier Naranjo ( me disseram que é bobo porque é infantil, mas a beleza com que as crianças interpretam algumas coisas me fez pensar que esse livro deve valer a pena...)
13- Um romance de formação - O apanhador no campo de centeio de J.D. Salinger
14- Um livro esgotado - Alucinações musicais de Oliver Sacks (não acho em canto nenhum pra comprar... )
15- As aventuras do bom soldado Svejk - Vou ler Formas de voltar para casa de Alejandro Zambra, não porque me considero café com leite, mas porque realmente estou sem tempo pra ler um livro de 688 páginas! 

Aqui, o vídeo do canal Livrada, onde quem quiser pode ver o que é desafio: 

https://www.youtube.com/watch?v=hen_pESdEf4

domingo, 20 de setembro de 2015

Anneliese Michel

 Anneliese Michel, cuja história foi contada no filme O exorcismo de Emily Rose, começou a sofrer com problemas psiquiátricos aos 16 anos de idade, alegando estar possuída por uma legião de demônios. O vlog Acervo Maldito disponibilizou um vídeo interessante com o trecho de um áudio original do exorcismo, onde Anneliese diz coisas intrigantes... Eu, particularmente, acredito que ela não estava possuída e não presisava de exorcismo, e sim ser tratada corretamente de sua esquizofrenia. Mas cabe a cada um tirar sua própria opnião. 



quarta-feira, 16 de setembro de 2015

 Uma mariposa branca entrou na cozinha e voou para escapar do gato. Admirei-a por sua beleza rara e por escapar tão facilmente do felino. Senti uma inveja extrema, assim como invejo a maioria dos seres que possuem asas e podem ir para onde quiserem. 
 Diz uma lenda que quando uma mariposa branca adentra sua residência, traz consigo sorte ao morador...será que aquela mariposa me emprestará as suas asas?


sexta-feira, 28 de agosto de 2015

 Eu estava de olhos fechados, sentada no banco de um transporte público, quando uma risada alta de criança me fez despertar. O lugar não estava cheio, mas haviam algumas pessoas de pé. A criança fazia graça com tudo o que via, até que parou e olhou fixamente para algum lugar. Reparei um rapaz sorridente porém com as costas curvadas, como se carregasse um peso suportável porém difícil... ele tinha na mão um saco de pipoca, aparentemente o objeto de desejo da criança. O rapaz então colocou uma pipoca na boca e se dirigiu à criança, perguntando para a mãe da mesma se poderia entregar o saco de pipoca. Mal a mãe respondeu que sim, a criança começou a comer as pipocas com a maior vontade que já vi! O rapaz se afastou ainda sorridente, baixando a cabeça. Conforme ele se afastava, o sorriso se desfazia.

segunda-feira, 24 de agosto de 2015


Hotaru no Haka é um dos filmes mais tocantes que já assisti. Um filme que faz refletir sobre injustiça, sobre perda, sobre esperança e também sobre escolhas... Esse tal "direito de escolha" que está presente em quase tudo. E é esse "direito de escolha" que faz crescer dentro de nós a esperança. Li algo interessante sobre esperança em algum lugar, era mais ou menos como: "A esperança é a pior coisa que alguém pode ter." . De certa forma concordo, porque enquanto se tem esperança, você não consegue ter um final. 
Acho que foi o meu direito de escolha que me fez ter esperança em algumas coisas e uma aflição na alma para outras. Tento fingir que não ligo, mas todos sabem, quem tem esperança sempre liga...Mas acho que o pior de tudo é ver que, se eu tivesse escolhido seguir 'L' ao invés de 'R', meu destino seria parecido com o de Setsuko... e isso faz a esperança quase me matar... 


domingo, 9 de agosto de 2015

 Por várias vezes eu relembrei o passado, tentando encontrar uma explicação para tudo que aconteceu. Não encontrei. Talvez, como um daqueles segredos que são levados ao túmulo, ou aquelas verdades que permanecem ocultas, você estava apenas tentando evitar ainda mais dor e mais confusão. Relembro os fatos e vejo que você não foi de tudo mau, porém também não foi bom. Às vezes evito algumas pessoas e acabo, mesmo que contra a minha vontade consciente, ignorando outras porque elas me lembram você. Tive muitas dificuldades por sua causa e algumas delas ainda não consegui superar. Houve medo, tristeza e mágoa e não sei de certo se esses sentimentos foram embora. 
 É estranho como o universo age... eu não queria crescer, sempre foi meu medo desde a infância. Eu não queria nada daquilo, mas em meio à toda a dor, a raiva, a tristeza, a mágoa e a amargura que você pareceu mastigar e engolir, fui obrigada a crescer. Eu, em parte, compreendo o porque de algumas coisas e te perdôo, peço à Deus cuidar de você... porém não te quero por perto. Sinto muito.


quinta-feira, 23 de julho de 2015

E agora?

Bom, faz uns 500 que não venho aqui, no começo foi por falta de tempo, depois por falta de vontade. Ás vezes tenho vontade de deletar esse blog, outras penso em deixa-lo ativo, mas sem mais atualizações, somente um ponto de parada para leituras do passado mesmo...acho que a questão é essa: tenho esse blog a bastante tempo, e nesse tempo eu mudei muito. Mudei a forma como vejo a polítca, mudei a forma como vejo as pessoas, mudei a forma como ajo com muita coisa. Para mim essas mudanças foram ótimas! Já para outros que foram afetados diretamente com minhas mudanças, não. Alguns dizem que eu perdi algo de bom que e tinha, outros dizem que eu fiquei muito forte. Sinceramente eu não ligo nem pra uma opnião nem para outra. Eu não sou mais aquela sonhadora nata e também não sou mais aquela que colocava tudo em primeiro lugar e eu mesma por último. A vida exigiu que eu mudasse e eu aceitei de bom grado. E aí volta a questão do blog: continuo com ele, porém com um novo rumo, ou arquivo? 
Bem, enquanto a minha indecisão trabalha, seguirei por enquanto com o meu blog "comercial" , onde postarei dicas para gateiros, produtos, idéias, achados e por aí vai... Segue o link:  gatarias

Inté... o/



 
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sábado, 16 de maio de 2015

Desculpe

Desculpe, eu não queria ser assim. Sinto muito por não ser da forma que você queria que eu fosse. Desculpe por toda a dor que eu causei. Desculpe ter te decepcionado tanto, mas assim estou agora...talvez sempre fui... o projeto que sempre dá errado, aquele que é sempre pela metade.



quinta-feira, 14 de maio de 2015

“Eu soube que ela foi chamada de covarde por ir embora, uma errante sem propósito, mas nem todo errante é sem propósitos, especialmente aquele que busca a verdade além da tradição, além da definição, além da imagem...”


terça-feira, 12 de maio de 2015

O silêncio que sai do som da chuva espalha-se, num crescendo de monotonia cinzenta, pela rua estreita que fito. Estou dormindo desperto, de pé contra a vidraça, a que me encosto como a tudo. Procuro em mim que sensações são as que tenho perante este cair esfiado de água sombriamente luminosa que [se] destaca das fachadas sujas e, ainda mais, das janelas abertas. E não sei o que sinto, não sei o que quero sentir, não sei o que penso nem o que sou.

Toda a amargura retardada da minha vida despe, aos meus olhos sem sensação, o traje de alegria natural de que usa nos acasos prolongados de todos os dias. Verifico que, tantas vezes alegre tantas vezes contente, estou sempre triste. E o que em mim verifica isto está por detrás de mim, como que se debruça sobre o meu encostado à janela, e, por sobre os meus ombros, ou até a minha cabeça, fita, com olhos mais íntimos que os meus, a chuva lenta, um pouco ondulada já, que filigrana de movimento o ar pardo e mau.

Abandonar todos os deveres, ainda os que nos não exigem, repudiar todos os lares, ainda os que não foram nossos, viver do impreciso e do vestígio, entre grandes púrpuras de loucura, e rendas falsas de majestades sonhadas... Ser qualquer coisa que não sinta o pesar de chuva externa, nem a mágoa da vacuidade íntima... Errar sem alma nem pensamento, sensação sem si-mesma, por estrada contornando montanhas, por vales sumidos entre encostas íngremes, longínquo, imerso e fatal... Perder-se entre paisagens como quadros. Não-ser a longe e cores...

Um sopro leve de vento, que por detrás da janela não sinto, rasga em desnivelamentos aéreos a queda retilínea da chuva. Clareia qualquer parte do céu que não vejo. Noto-o porque, por detrás dos vidros meio-limpos da janela fronteira, já vejo vagamente o calendário na parede, lá dentro, que até agora não via.

Esqueço. Não vejo, sem pensar.

Cessa a chuva, e dela fica, um momento, uma poalha de diamantes mínimos, como se, no alto, qualquer coisa como uma grande toalha se sacudisse azulmente aberta dessas migalhinhas. Sente-se que parte do céu está já azul. Vê-se, através da janela fronteira, o calendário mais nitidamente. Tem uma cara de mulher, e o resto é fácil porque o reconheço, e a pasta dentífrica é a mais conhecida de todas.

Mas em que pensava eu antes de me perder a ver? Não sei. Vontade? Esforço? Vida? Com um grande avanço de luz sente-se que o céu é já quase todo azul. Mas não há sossego — ah, nem o haverá nunca! — no fundo do meu coração, poço velho ao fim da quinta vendida, memória de infância fechada a pó no sótão da casa alheia. Não há sossego — e, ai de mim!, nem sequer há desejo de o ter...

Fernando Pessoa



terça-feira, 14 de abril de 2015

Como se retorna ao curso de uma antiga vida? Como seguir em frente quando no íntimo se começa a entender que não há voltaHá certas coisas que o tempo não pode curar algumas feridas são tão profundas que nos seguem para sempre!”




quinta-feira, 2 de abril de 2015

  Às vezes acho que não valho muita coisa, penso que estou passando direto pela vida, sem deixar rastros... Porém sempre tive em mente que devemos tentar repassar o melhor de nós, encantar, envolver,  para que a vida não seja tão ruim. Como professora, vejo oportunidade para essa 'missão'. 
  Sou professora a quase 10 anos e tive muitos alunos; alguns lembram de mim, muitos sei que não. Acho que a profissão de professor pode ser comparada a de músico, tanto no fato de as duas possuírem o "poder do encanto", como no fato de as duas serem profissões muitas vezes ingratas. Logo, um professor de música como eu, tem um combo de sentimentos todos os dias.
  Semana passada aconteceu algo que entrou para o meu livro de memórias. Eu estava à caminho do trabalho e avistei um ex aluno. Notei que ele estava mexendo as mãos, mas só percebi o que ele fazia quando chegou perto: Ele fingindo que tocava piano! Quando me viu ele correu e me abraçou tão forte que quase fiquei sem ar. Perguntei como estava na escola nova e ele disse que era chato porque não tinha aula de música. Depois de uma conversa breve, me despedi e ele disse: "Tia Lidia, até amanhã!" 
  Eu não estava muito bem naquele dia, mas aquele breve minuto iluminou meu dia...É, acho que eu não sou tão inútil afinal... Espero estar deixando algumas sementes do meio do caminho da minha vida. 
 

  "O silêncio que sai do som da chuva espalha-se, num crescendo de monotonia cinzenta, pela rua estreita que fito. Estou dormindo desperto, de pé contra a vidraça, a que me encosto como a tudo. Procuro em mim que sensações são as que tenho perante este cair esfiado de água sombriamente luminosa que se destaca das fachadas sujas e, ainda mais, das janelas abertas. E não sei o que sinto, não sei o que quero sentir, não sei o que penso nem o que sou."



segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

“Quando eu morrer, o fio de prata de um colar de pérolas vai se arrebentar, e todas as pérolas, lisinhas e acetinadas, vão rolar pela terra e correr de volta para a casa delas, para suas mães-ostras lá no fundo do mar. Quem vai mergulhar e apanhar minhas pérolas depois que eu tiver ido embora? Quem vai saber que elas eram minhas? Quem vai adivinhar que antigamente, há muito tempo, o mundo inteiro pendia em torno do meu pescoço?”


segunda-feira, 22 de dezembro de 2014



"Passeio pelas estantes da biblioteca. Os livros me dão as costas. Não para me rejeitar, como as pessoas: são convidativos, querendo apresentar- se a mim. Metros e mais metros de livros que nunca poderei ler. E sei: o que aqui se oferece é a vida, são complementos à minha própria vida que esperam ser postos em uso. Mas os dias passam rápido e deixam para trás as possibilidades. Um único desses livros talvez bastasse para mudar completamente a minha vida. Quem sou eu agora? Quem eu seria então?"


domingo, 16 de novembro de 2014

" Peguei uma cartela de um medicamento qualquer e tomei. Engoli a seco e alguns comprimidos entalaram na minha garganta. As lágrimas não paravam de cair e se misturaram com a saliva... Então cuspi o tanto que pude e voltei pra cama, com muito frio e dor...me cobri até a cabeça e molhei o travesseiro com a chuva dos meus olhos.
  Eu poderia ter feito força para engolir ao invés de cuspir, e tudo estaria acabado. Não pensei em ninguém, apenas no único que deita aos meus pés quando estou deprimida, que me pede colo quando estou triste e que me morde quando estou distraída...pensei no único que me abraça nesses dias nebulosos e que aguarda minha chegada mesmo na chuva, para se enroscar em minhas pernas, lembrando - me de que, independente do que aconteça, e por mais cruel que a vida possa ser, ela tem que continuar..." 


quinta-feira, 13 de novembro de 2014

Quando eu morrer quero virar uma estrela


quarta-feira, 12 de novembro de 2014

Canção sem palavras

 Sentados em bancos próximos no vagão do metrô, estavam uma mulher do semblante triste e um homem com olhar perdido, ambos aparentando estarem muito cansados para a idade que aparentavam ter. O homem tocava nas mãos da mulher e ela simplesmente olhava em seus olhos por alguns segundos, depois fechava os seus.